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Combate às Opressões

 

Orgulho Gay – a história de um movimento


MARCELO BAENA
Secretario de Combate às Opressões


O Movimento em Defesa dos Direitos dos Homossexuais surgiu na Europa, no final do século passado. A sua principal bandeira era a descriminalização da homossexualidade e o reconhecimento dos direitos civis dos homossexuais.

Só depois da Segunda Guerra Mundial o Movimento começou a estruturar-se na Europa e nos Estados Unidos.

O principal marco simbólico para o moderno Movimento Homossexual Internacional é o dia 28 de Junho de 1969, conhecido como Dia Internacional do Orgulho Gay/Lésbico, devido à rebelião de Stonewall.

Stonewall

Entre 1967 e 1969, Stonewall Inn era um bar divertido no centro da zona gay da cidade de Nova Iorque. Anteriormente uma garagem, foi adaptado com orçamento reduzido e transformou-se num lugar, apesar de pintado de preto, colorido, animado e tolerante que atraía uma grande variedade de tipos de pessoas, especialmente jovens, e tornou-se uma alternativa aos "apropriados" ambientes caseiros ou aos inacessíveis bares de encontros do circuito gay.

Não muito tempo antes, os momentos mais íntimos nos bares gays da zona eram passados num quarto das traseiras, onde uma lâmpada se acendia e piscava de cada vez que um cliente desconhecido entrava na porta principal. Esse era o sinal de que os pares que dançavam juntos se deviam separar.

Em Junho de 1969 Stonewall Inn estava a anos-luz de distância desse passado furtivo e atraia a chegada, do que a comunicação social começou de imediato a chamar, "o homossexual novo". Incentivados pela anti-cultura dos anos 60 questionaram os padrões e normas estabelecidas. O ambiente envolvente de alteração da ordem social, o surgir de uma geração que valoriza a não-violência, o amor livre e o uso de drogas, aumentou a desinibição e incentivou a coragem de acelerar o fim do decoro social em relação aos gays e ao seu modo de vida. Havia esperança nos seus olhos, esperança por um futuro melhor. Quando os hippies começaram a alargar o amor livre aos do seu próprio sexo, começou um fenómeno chamado "bi-sexual chic". A maioria dos gays esperava o fim da divisão gay/hetero e da criação de uma sociedade sexualmente igualitária e integrada onde todos fossem livres para amar e ser amados sem etiquetas de especialização sexual. No entanto, esse modo de vida, em conjunto com a posição anti guerra do Vietnam, foi visto por políticos conservadores como uma ameaça à ordem social.

Na noite de sexta-feira 27 de Junho de 1969 uma força policial invadiu um bar da cidade de Nova Iorque. Essas rusgas não eram incomuns em 1969; de fato elas eram feitas freqüentemente e ocorriam sem muita resistência. A base legal dessas visitas regulares, era a falta de licença para a venda de álcool. De fato, os homossexuais eram considerados doentes e, por isso, não podiam consumir bebidas alcoólicas. Contudo, naquela noite, em vez de permaneceram escondidos e calados, a rua entrou em erupção com violentos protestos enquanto no bar os clientes lutavam e ofereciam resistência à ação policial.

A polícia já tinha tido dificuldade em prender os suspeitos mas, depois de alguns carros de patrulha terem abandonado o local, o ponto de viragem sucedeu quando, por três vezes uma lésbica foi colocada dentro do carro e por três vezes saiu e tentou a fuga. Na última vez um polícia imobilizou-a por literalmente montar em cima dela. Na rua, além dos 200 clientes do bar, cerca de 1000 jovens enlouqueceram e, ao som de "Brutalidade policial" e "Porcos" fizeram recuar os restantes policias para dentro do bar com uma chuva de garrafas, latas e objectos incendiados e que provocaram pequenos incêndios na rua e dentro do bar. Depois do reforço policial e, algumas horas depois, a revolta foi controlada. Quatro polícias feridos e 13 prisões efetuadas foram os acontecimentos objeto do relatório policial. Mas o motim recomeçou nas noites seguintes. O dia 28 de Junho, também conhecido como "Dia da Libertação da Rua Christopher", foi a primeira de várias noites em que a Rua Christopher se transformou num verdadeiro campo de batalha. Com cada vez mais pessoas a enfrentar as cargas policiais, usando palavras de ordem como "Poder Gay", " Eu sou gay e tenho orgulho nisso" e " Eu gosto de rapazes", gays e lésbicas saíram do seu espaço habitual, juntaram-se às "drag queens" e aos "queer street kids" que encabeçaram a revolta, marcham orgulhosamente e fizeram questão de fazer parte do movimento.

Antes do verão de 1969 havia uma pequena expressão pública das vidas e das experiências dos gays e das lésbicas. Os motins de Stonewall marcaram o começo do movimento de libertação gay que transformou a opressão dos gays e das lésbicas em chamadas para o orgulho e a acção. Desde então temos testemunhado um florescer espantoso da cultura gay que mudou o mundo, para sempre.

Brasil na Contramão da História

Aqui no Brasil a Parada LGBT se transformou-se numa febre nacional e várias cidades brasileiras hoje tem a sua Parada LGBT.Devido uma postura equivocada da maioria das ONG´s  LGBT´s esse evento se transformou-se em um grande negocio comercial.Em São Paulo onde acontece a maior Parada LGBT do mundo o setor de turismo por exemplo,tem na parada,a sua maior atividade de turismo,o lucro é grande,e a chamada industria Pink é a que mais cresce,aumentando assim , o nível de exploração e opressão sobre a população homossexual. Perdeu-se todo o significado,o propósito de celebrar O dia 28 de Junho- Dia Internacional do Orgulho LGBT ,um dia que deveria ser de lutas, de mostrar os rostos, de denunciar a violência,a opressão,as desigualdades sociais,os assassinatos e a falta de leis especificas.A limitação da luta contra homofobia e por uma cidadania plena tem ficado basicamente no direito de acesso ao mercado de consumo e a realização da Parada LGBT,uma festa que mais parece um carnaval fora de época.

É necessário resgatar essa data como um dia de luta e resistência,não podemos ficar só embalados pela musica eletrônica,precisamos ecoar o nosso grito de revolta,denunciar ausência de políticas especificas para população LGBT.Hoje o que assistimos é a cooptação dos grupos de defesa dos direitos civis dos homossexuais pelo aparato governamental,servindo aos interesses do governo do PT e não da população LGBT.O governo do PT(seja era Lula ou agora Dilma) encontrou um meio de neutralizar as lutas e as reivindicações da classe, paralisando qualquer tipo de ação, que possa atrapalhar os objetivos do governo capitalista do PT. O movimento LGBT se encontra em total apatia,desconectado com os demais movimento sociais,se encontra de caças arriadas para o governo que é controlado pelos burgueses.Nas ultimas eleições, ficou evidente que as nossas causas foram vendidas para que certas alianças com burgueses conservadores fossem feitas,e mesmo assim Grupos LGBT`S mantiveram seu apoio incondicional a candidata Dilma Russeff.Mostrando a urgência de um levante contra toda essa pouca vergonha,essa safadeza,essa traição a toda população LGBT.

Cresce a Violência contra a população LGBT

Agressões causadas por homofobia, como as ocorridas em São Paulo e no Rio de Janeiro nas últimas semanas, estão longe de constituir casos isolados. Algumas pesquisas registram mais de 200 assassinatos de homossexuais por ano no País. Somados todos os tipos de agressão somente no Rio de Janeiro, de junho do ano passado até agora, já foram registradas 776 ocorrências.

De acordo com o superintendente de Direitos Individuais e Coletivos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do estado, Cláudio Nascimento, os dados permitem fazer uma projeção segundo a qual o número de casos de discriminação da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) atinge entre 10 mil e 12 mil por ano no País.

Conforme relatou o superintendente, desde junho do ano passado o Rio de Janeiro começou a utilizar a homofobia como motivo presumido de violência, com o objetivo de ter estatísticas oficiais sobre esse tipo de crime. O sistema, relatou, foi implantado em 132 delegacias do estado.

Os dados foram apresentados nesta quarta-feira durante o seminário Assassinatos praticados contra a população LGBT, organizado pelas comissões de Legislação ParticipativaCriada em 2001, tornou-se um novo mecanismo para a apresentação de propostas de iniciativa popular. Recebe propostas de associações e órgãos de classe, sindicatos e demais entidades organizadas da sociedade civil, exceto partidos políticos. Todas as sugestões apresentadas à comissão são examinadas e, se aprovadas, são transformadas em projetos de lei, que são encaminhados à Mesa Diretora da Câmara e passam a tramitar normalmente. e de Direitos Humanos e Minorias.

Notícias sobre a violência
De acordo com o antropólogo e professor emérito da Universidade Federal da Bahia, fundador do Grupo Gay da Bahia, Luiz Mott, o mais preocupante é que o registro de violência contra a população LGBT vem aumentando ao longo dos anos. “Nunca se matou tanto homossexual no Brasil quanto agora”, afirmou.

De janeiro a novembro deste ano, o pesquisador já contabilizou 205 assassinatos entre a população LGBT no País. Mott, que faz o levantamento desse tipo de crime desde 1960, relatou que, entre 1960 e 1969, foram 30 ocorrências; na década seguinte, chegaram a 41. De 1980 a 1989, o número de registros chegou a 369; saltou para 1.256 nos anos 90 e atingiu 1.429 casos na primeira década deste século.

Na média, entre 1995 e 2002, Mott chegou ao índice de um assassinato relacionado à homofobia a cada 2,9 dias. Já entre 2003 e 2010, o número de crimes chegou a um a cada 2,3 dias.

O levantamento, conforme explicou, foi realizado com base em notícias de jornais. Assim, ele acredita que a violência é ainda muito maior que a constatada em seus estudos. “Na verdade não é um assassinato a cada dois dias, todos os dias pelo menos um homossexual é assassinado”.

Jornais também foram a fonte da pesquisa Crimes Homofóbicos no Brasil: Panorama e Erradicação de Assassinatos e Violência Contra LGBT, realizada por Osvaldo Francisco Ribas Lobos Fernandez. No estudo, chegou-se a 1.040 mortes de homossexuais entre 2000 e 2007.

Fernandez também ressaltou que esse número refere-se apenas aos casos de maior repercussão. “A cada 66 horas foi publicada uma reportagem sobre o assassinato de um gay, e provavelmente os números são muito mais altos”, reforçou.

Urbanista e pesquisador associado ao Nugsex Diadorim, Érico Nascimento ressaltou que, quase sempre, as agressões ao público LGBT são praticadas por mais de uma pessoa. “Há casos em que um homossexual é vítima de 18 agressores; um presidiário chegou a ser atacado por mais de 100 detentos e morreu”, exemplificou.

Impunidade
O presidente da Comissão de Legislação Participativa, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), ressaltou que das mortes registradas no ano passado, “menos de 10% tiveram prisão ou responsabilização criminal dos assassinos”.

Para o deputado, diante dessa realidade, faz-se necessário, “mais que em qualquer outra circunstância”, realizar uma grande campanha de mobilização pela aprovação do projeto que criminaliza a homofobia, em análise no Senado. “Temos consciência de que uma lei, no primeiro momento, não vai mudar a cabeça das pessoas, mas vamos reduzir a impunidade”, defendeu.

Criminalização do preconceito
Duas mães de jovens vítimas de violência devido à homofobia também reivindicaram a aprovação da proposta. Angélica Ivo, mãe de Alexandre Ivo, jovem de 14 anos assassinado no Rio de Janeiro em junho deste ano, argumentou que “ninguém tem de tolerar ninguém, temos que conviver bem com a diversidade, com respeito à vida. Algo emergencial deve ser feito”.

Viviane Marques, mãe de Douglas Marques, baleado no Parque Garota de Ipanema (RJ) no último dia 14, segundo disse, por militares, também defende a aprovação de uma lei específica contra esse tipo de crime. “As pessoas têm que ter liberdade de ser quem são. Está complicado ser livre neste País”, sustentou.

O antropólogo Luiz Mott aconselhou a população LGBT a mobilizar-se. “Uma medida simples, que qualquer um pode acionar, é cada vez que encontrar uma notícia ou manifestação homofóbica mandar uma cartinha desconstruindo esse monstro que é a homofobia”, disse Mott, que também é autor do livro Violação dos Direitos Humanos e Assassinatos de Homossexuais no Brasil.

Toda população LGBT merece respeito e exige:

LGBTs em luta para que os ricos paguem pela crise e não os trabalhadores!
Contra as demissões. Estabilidade no emprego, já!
Redução da Jornada de Trabalho sem redução de salários e direitos!
Fim do assédio moral no trabalho, locais de estudo e moradia!
União civil já!
Pelo direito a adoção por casais homossexuais!
Extensão de todos os direitos dos casais heterossexuais aos casais
homossexuais (direitos previdenciários, de herança, crédito conjunto
etc.)!
Que a saúde e a educação garantam o exercício livre e seguro da
sexualidade de todos independente da orientação sexual.
Fim da discriminação homofóbica institucionalizada nos hemocentros.
Fim da criminalização da homossexualidade nas forças armadas!
Creches em período integral para todos.
Pelo fim da violência homofóbica!
Pela legalização do aborto, com atendimento gratuito na rede pública de saúde.
Imediata aplicação da licença maternidade de 6 meses, obrigatória e
sem isenção fiscal.
Combate a todas as formas de expressão da homofobia, do racismo e do machismo!
Por um movimento homossexual combativo, classista e independente dos
governos e patrões!
Um mundo sem opressão é possível se for socialista!

Pesquisa revela que mercado ainda percebe homofobia na contratação

Segundo levantamento, 54% dos representantes de empresas acreditam que existe preconceito contra LGBTs na hora de preencher uma vaga.
Por AMANDA MOURA, com informações da CBN e O Globo


Pesquisa realizada pela Trabalhando.com Brasil indica que ainda existe homofobia na hora de contratar lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Dos 400 entrevistados — LGBTs ou não —, 54% acreditam que o preconceito existe, apesar de não ser assumido; 22% dizem que a discriminação depende do tipo de área e vaga desejada e apenas 3% pensam que esse problema não existe mais. Participaram, anonimamente, representantes de 30 empresas, de médio e grande portes.

"Noto que profissionais homossexuais são, sim, contratados. Porém, dificilmente alcançam cargos de diretoria. Em áreas e empresas onde há mais competição e, por consequência, maiores salários, essas pessoas sofrem ainda mais para alcançar um patamar elevado" afirma Eliana Dutra, consultora de carreiras e diretora da Pró-Fit, empresa de coaching e treinamento profissional.

Renato Grinberg, diretor geral da Trabalhando.com Brasil, defende veementemente que a orientação sexual do candidato não pode ser levada em conta no momento da entrevista, bem como outros aspectos de sua intimidade.

"Em países como os Estados Unidos, por exemplo, fazer qualquer tipo de pergunta que não seja de cunho profissional no momento da entrevista, como perguntar a idade, o estado civil e se a pessoa tem filhos, é proibido por lei. O que é de fato relevante na contratação são suas competências, não o que ele faz nas horas vagas ou com quem se relaciona" explica Grinberg.

Julyana Felícia, gerente de RH da MegaMatte, ressalta que a lei federal brasileira também trata do assunto "A nossa legislação é clara quanto a proibição de diferença de salário, exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. Apesar disso, o assunto ainda é um tabu no mundo corporativo e a contratação do homossexual pode ser influenciada pelo perfil que a empresa busca. Em algumas corporações com foco em atendimento ao público, noto maior quantidade de colaboradores homossexuais, por serem geralmente vistos como muito simpáticos e atenciosos."

O levantamento mostra também que 21% dos consultados têm notado que, com o passar dos anos, o preconceito vem diminuindo. Ylana Miller, sócia-diretora da Yluminarh e professora do Ibmec, acredita que essa regressão vem acontecendo, sim, mas lentamente.

"Ainda há muitos sistemas organizacionais onde o preconceito é velado e o discurso é bem diferente da ação. Divulgam crenças e valores não preconceituosos, mas na prática não é o que vemos, tanto em relação a orientação sexual, como a religião e ao nível socioeconômico" diz Ylana.

Este ano, pela primeira vez, todas as corporações listadas no ranking das 100 melhores empresas da Fortune possuem políticas contra a discriminação, o que inclui a orientação sexual. “Não é surpreendente para mim que os lugares que são classificados como os melhores para trabalhar sejam também os que respeitam e valorizam os seus funcionários. A evolução é claramente no sentido da igualdade no local de trabalho", disse Michael Cole-Schwartz, gerente de comunicações da “Human Rights Campaign”, uma organização que defende lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais americanos, em entrevista para à rádio CNN.

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STCNI - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Nova Iguaçú e Regiões
By: Fernanda Gonçalves